RESUMO
Devido ao uso, no Brasil Central do leite de égua por crianças, cientes de que em países como a França ele é vendido em hospitais e à populaçäo, e pela escassez de literatura sobre o assunto, realizou-se o estudo de sua composiçäo e comparaçäo com o leite de mulher. Foram estudadas 15 amostras de fêmeas das raças Campolina e Quarto de Milha, mantidas em regime de confinamento, e 15 das mesmas raças em semiconfinamento. Com o leite materno foi utilizada uma amostragem recolhida de mulheres em diferentes estágios de lactaçäo. Todas as amostras foram obtidas em ordenha manual e completa, em frascos esterilizados, acondicionados em caixa isotérmica com gelo e transportados ao laboratório em um período máximo de duas horas. As análises foram feitas segundo o método do LANARA, do Ministério da Agricultura (1991), e Instituto Adolfo Lutz (SP) (1985). Com a raça Campolina obteve-se em média 6,94§D Acidez; 1,4 por cento MG; 1,82 por centoPB; 5,84 por cento de lactose; 1.034,6 Dens.; 10,99 por cento ST e -0,541§H. Com a raça Quarto de Milha: 4,43§D Acidez; 0,42 por cento MG; 1,8 por cento PB; 5,39 por cento de lactose; 1,034,2 Dens.; 9,63 por cento ST e -0,560§H. Com o leite de mulher: 0,6§D Acidez; 2,15 por cento MG; 1,85 por cento PB; 5,06 por cento de lactose; 1.027,2 Dens.; 9,83 por cento ST e -0,527§H. Os aminoácidos de leite das duas raças citadas e do leite de mulher foram quantificados. Entre o leite de égua e o de mulher observou-se que näo há diferença estatística quanto aos teores médios de proteína e lactose; há ligeira diferença nos teores de densidade e sólidos totais e uma maior diferença nos teores médios de acidez, gordura e crioscopia. Para os aminoácidos, observou-se que: näo há diferença nos teores de ácido aspártico; ácido glutâmico; leucina e tirosina. Há uma pequena diferenç nos teores de treonina e alanina. Numa primeira análise, conclui-se que há muita semelhança entre o leite de égua e o de mulher.
